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Autoestima

Atualizado: 2 de mai.


A autoestima é a autopercepção, visão, imagem, autoconceito que construímos em relação a nós mesmos. A construção da autoestima começa na infância e perdura na vida adulta. É ela quem dá o sentimento de valor em relação a nós mesmos e as nossas habilidades e características pessoais. Ela vai dando lugar em nossa estrutura cognitiva, a um conjunto de conhecimento a nosso respeito, o que entendemos como somos, do que gostamos, do ponto de vista físico, social, emocional, psicológico.


A autoestima se constitui no amadurecimento emocional, no processo de individuação do EU, na constituição do self. O processo de individuação ocorre ao longo de vivências, experiências. Na teoria winnicottiana essa integração do EU pode ocorrer ou não, isso vai depender do ambiente. O ambiente, a relação com o outro influenciam na autoestima, ela é afetada o tempo todo, uma vez que somos seres sociais e estamos em interação constantemente. É a autoestima, como a valorização de si, que emite sinais ao outro de como devem nos tratar, com valor, respeito ou abuso e desrespeito. É o quanto me valorizo que irá determinar essa relação.

Quanto mais me conheço de verdade, mais me gosto.

Muito tem se falado em autoestima, há um tempo o tema vem sendo inserido nos manuais de autoajuda, na divulgação de profissionais que atuam nos mais diversos campos, com ofertas de autoestima sugeridas em roteiro guiados por vários passos. Mas o fato é que a autoestima é sim importante e merece atenção.


Os afetos interferem na construção da autoestima. De acordo com a teoria psicanalítica freudiana o sentimento de autoestima está ligado ao narciso, a atuação do supereu e formação do ideal do eu. Sendo que o desinvestimento na libido do EU, o narciso primário, nos deprime.

O ideal de Eu tem relação de dependência com a libido narcísica, significa que, as escolhas amorosas feitas durante a vida adulta são vistas como um esforço do psiquismo em reaver o amor narcísico por si mesmo, assim o ser amado é tido como um objetivo nessa escolha e como consequência disso se tem uma elevação da autoestima, ao passo que o não ser amado a rebaixa. Quem ama “perde” uma parte de seu narcisismo e só a obtém de volta quando é amado, ser amado acaba por levar o neurótico a amar a si mesmo, ou seja, existe uma dependência do investimento do outro em nossa autoestima, o amor do outro é a medida do amor de si. (NUNES, 2020, p.15)

No entanto, não tenha receio em valorizar-se, em demonstrar confiança em seus atos e julgamentos, em se dedicar a fortalecer o seu amor próprio que é a autoestima. Autoestima em nada tem a ver com "narcisismo", que é a admiração excessiva por si mesmo. O amor próprio não é narcisismo. O narcisismo é patológico, um transtorno de personalidade caracterizado por egoísmo severo, falta de empatia, senso de superioridade, necessidade de ser admirado e crença de que o indivíduo é melhor, mais inteligente, mais merecedor do que todos os outros.


Ter uma visão positiva sobre si mesmo, valores e crenças, imagem corporal, são indicativos de uma boa autoestima. A pessoa que tem boa autoestima tem melhores recursos internos e condições de seguir em frente depois de uma experiência de fracasso. A baixa autoestima pode levar a desenvolver sintomas como: ansiedade, quadros depressivos, ansiedade social, entre outros. Além de sentimento de insegurança que pode afetar as relações interpessoais: família, amigos, estudos e trabalho.


Empecilhos na construção da autoestima:


- Ouvir frequentemente palavras que magoam e afetam.

- Críticas constantes, comentários de desvalorização as habilidades, atitudes, comportamentos.

- Agressões físicas ou psicológicas.

- Fracasso escolar.

- Superproteção.


Sinais de que a sua autoestima merece atenção:

  • Imagina não ser bom o suficiente para fazer certas coisas.

  • Tem dificuldades em reconhecer suas conquistas e aceitar elogios.

  • Costuma ter dificuldades em confiar nas pessoas ou em dizer não.

  • Com frequência se compara com os outros.

  • Costuma se autosabotar.

  • Frequentemente deixa as pessoas decidirem por você.

  • Percebe-se envolvido(a), repetindo os mesmos padrões (não saudáveis) de relacionamentos.

  • Tem receio de não gostarem de você ou de ser rejeitado.

  • Sente-se insatisfeito consigo mesmo.

Se você desconfia que a sua autoestima está merecendo atenção, a psicoterapia trabalha fortalecendo o ego, ajudando diretamente a autoestima. O autoconhecimento também é um ingrediente a autoestima. Saber quem é, aquilo que gosta ou não, reconhecer o próprio valor e qualidades, quanto mais me conheço de verdade, mais me gosto.


Agora aproveitando pra testar o quanto você se conhece, liste pra você cinco qualidades, valor que mais admira e gosta em você. Vamos lá!




 

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Lana Ito

Psicóloga CRP 06/184345 | Psicopedagoga

Insta: @lanaito



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