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Transtorno do Pânico, você sabe o que é?

Atualizado: 2 de mai.


O pânico faz parte dos transtornos ansiosos é um grau muito elevado de ansiedade, costuma ser imprevisível com ataques recorrentes de ansiedade grave, na maioria das vezes acontecendo inesperadamente.


O corpo fala! – e falam especialmente aqueles sentimentos que ainda não puderam ser expressos com o simbolismo das palavras. Assim, alguma parte do corpo que estiver mais sensibilizada por um determinado conflito psíquico pode funcionar tanto como uma caixa de ressonância (à moda daquele ditado popular de que “a corda rebenta na parte mais frágil”), como também a área corporal escolhida – trata-se de uma vulnerabilidade psicossomática – pode se constituir como um “cenário” no qual são representados dramas íntimos, com as respectivas fantasias inconscientes (ZIMERMAN, 2008, p. 329). O pânico é uma forma de angústia, de acordo com Freud o ataque de angústia, estaria conectada ao quadro da histeria, sendo de recorrência maior em mulheres.


Nesse sentido, os sintomas irão aparecer e assim como em outros transtornos de ansiedade, no caso do pânico, os sintomas variam de acordo com cada pessoa. Logo falaremos deles no decorrer do texto.

O indivíduo em um ataque de pânico experimenta um crescimento de medo, resultando em uma saída apressada de onde quer que o sujeito esteja. Se isso ocorre em uma situação especifica, por exemplo, dentro do ônibus, em uma multidão, a pessoa consequentemente tende a evitar esses locais. Se os ataques acontecem com frequência, segue-se de medo constante de ter outro ataque, nesse caso a pessoa passa a sentir medo de ficar sozinho(a) de ir a lugares públicos, evitando sempre situações que possam levar a ter novos ataques.


Os transtornos ansiosos (neuroses atuais) já haviam sido descritos por Freud muito antes como: a neurose obsessiva, descoberta por Freud em 1896, e cuidadosamente teorizada por ele, desaparece hoje dos manuais de psiquiatria e é reduzida a um transtorno obsessivo compulsivo, cuja sigla, TOC, evoca o bater na madeira supersticioso do obsessivo: toque-toque. Também a melancolia foi reduzida a um transtorno e ninguém mais se pergunta se é ou não uma psicose: é o transtorno bipolar, o que não quer dizer nada. Vemos assim, em nome da ciência, uma regressão conceitual a mais de cem anos atrás. (RIBEIRO, 2011)


O recorte acima reforça que cada vez mais nos afastamos da causa e nos aproximamos do sintoma, já que atualmente quase tudo se resolve com remédio. Há remédio para absolutamente tudo! Nesse caso, perde-se cada vez menos tempo tentado entender e investigar o que estaria de fato por trás do sintoma, levando a desenvolver determinado sintoma patológico e cada vez mais tenta livrar-se dele por meio de medicação. Por isso é tão importante olhar o sujeito além do sintoma.

Negar sua subjetividade e reduzir toda complexidade do seu sofrimento a uma doença (sintoma) é anulá-lo como indivíduo e mantê-lo para sempre escravizado.


Voltemos ao sofrimento, angústia que o pânico causa e seus sintomas, que tanto podem ser físicos ou cognitivos, gerando prejuízos pra vida cotidiana do indivíduo. De acordo com o DSM-V, um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso que chega a um pico em minutos e durante o surto ocorrem quatro ou mais dos seguintes sintomas:

  • Palpitações, coração acelerado, taquicardia.

  • Sudorese, tremores, sensação de falta de ar ou sufocamento, sensação de asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea ou desconforto abdominal

  • Sensação de tontura, vertigem, calafrios ou ondas de calor, sensação de formigamento

Além de sentir também:

  • Medo excessivo, medo de perder o controle, medo de enlouquecer

  • Pensamentos trágicos, ou catastróficos

  • Medo de morrer

  • Desrealização(sensação de irrealidade, estranheza do ambiente)

  • Despersonalização(sensação de estar distanciado de si mesmo)


O ataque parece vir do nada, como quando a pessoa está relaxando e inesperadamente a crise acontece. Alguns indivíduos podem ter surtos episódicos com anos de remissão entre eles e outros podem ter sintomatologia grave continua. Apenas uma minoria tem remissão completa sem recaída subsequente de espaço de poucos anos.

É como se fosse um fantasma que a qualquer momento pode vir a assombrar.

É importante saber que ao se perceber ansioso com frequência, em grau elevado a ponto de trazer prejuízos pra vida do indivíduo, procure ajuda de um profissional de saúde mental, psicólogo ou médico psiquiatra. Quando a crise do pânico chega é porque a ansiedade já se instaurou em um grau crônico. Mas a ansiedade dá sinais, então esteja atento!


O diagnóstico e tratamento


O diagnóstico é feito por um profissional de saúde mental, médico psiquiatra ou psicólogo. O tratamento inclui medicação para estabilizar os sintomas e acompanhamento psicológico em psicoterapia com psicólogo.



 

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𝐿𝐼

Lana Ito

Psicóloga CRP 06/184345 | Psicopedagoga

Insta: @lanaito




 

REFERÊNCIAS



Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes diagnósticas, 1993.

Ribeiro, Maria Anita Carneiro. Neurose Obsessiva: psicanálise passo-a-passo 23. 3ª edição. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2011.

ZIMERMAN, D. E. Manual de Técnica Psicanalítica: uma revisão. Porto Alegre: Artmed, 2008.



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